Diante dos cada vez mais complexos desafios impostos pelo desenvolvimento humano e tecnológico, a administração pública assume contornos técnicos altamente dissociados do caráter meramente político, exigindo que as decisões sejam pautadas mais pela competência e planejamento adequado, e menos pelo efeito midiático que um programa ou obras possam render. São tamanhas as necessidades, que contrasta com o discurso eleitoreiro de se construírem pontes ou se abrirem avenidas em nome do progresso, sem que se inclua a premente necessidade da comunidade.
Em todos os aspectos, o poder público deve estar focado em promover ações voltadas para o interesse da sociedade, buscando um novo padrão de governo que estimule a maior participação das forças atuantes e deixe abertos os canais de interação para otimizar a aplicação de recursos e desenvolver um trabalho que receba aprovação da maioria. A proximidade de um administrador com todas as vertentes, independentemente de laços partidários, tem como conseqüência lógica a soma de esforços em benefício da comunidade, que é o objetivo maior.
Os conceitos de administração moderna não comportam mais o caráter passivo da comunidade, de esperar que o poder público resolva todas as questões de moto próprio, como se houvesse olhos e recursos para distinguir todas as prioridades. Da mesma forma, não cabe o simples repasse de obrigações públicas para a sociedade por meio de suas entidades, organizações não-governamentais e instituições civis, que acabam ocupando o espaço e assumindo a responsabilidade que é inerente aos poderes constituídos.
Muito em voga desde o ano passado, o famoso conceito de Área de Revitalização Econômica (ARE) é uma medida que contempla a melhor abordagem das questões de governança pública. Por meio de parcerias entre o poder público, empresas, proprietários de áreas e imóveis, cria-se um plano de ação e investimentos de interesse mútuo, com divisão de responsabilidades e atribuições que cumprem o objetivo almejado.
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